Bendito Eide. O Eide é a festa do fim do ramadão. É aquilo que
fez com que parecemos a obra durante 3 dias. Ainda assim, nesse último dia de trabalho,
trabalhei 24h seguidas. Dormi 8 horas e voltei para a obra, deserta porque era
o primeiro dia do Eide para fazer o meu trabalho de casa. Papeladas.
Esta paragem já
era necessária. O merecido descanso de todos já era necessário.
Trabalhei nesse
primeiro sábado de descanso e rumei 2 dias para Meknès e Fès.
Após dias e dias
de trabalho, sem tempo para nada, nem para compras de supermercado, há que
tentar distrair a cabeça, partir para um pouco de Turismo, e conhecer mais o
pais que nos rouba tempo em Portugal.
Era para ter ido
a Marraquexe, mas tendo em conta que o meu Grande Amigo Gonçalo Dorotea Cevada
estava cá com os Amigos, fui ter com eles.
Saí sábado dia
26/07/2014 rumo a Meknès. Gonçalo e amigos ainda em Rabat. Fui andando sozinho.
3h de caminho. Chegada tranquila. Feira enorme. Confusão enorme. Carro
estacionado. Siga descobrir. Passeio na feira, passeio pelas muralhas, passeio
pela Medina, passeio, pelo mausoléu e chega o resto da malta. Mais umas voltas,
depois de um café com vista para a praça principal de Meknès, busca da mesquita
principal e….pé na poça. Mais propriamente, pé numa caixa de esgoto… pé não,
pés e pernas… Toca a comprar meias, água e a lavar os pés. Salva infecção.
Tudo visto, sol a
pôr-se, siga partir para Fès.
À chegada, o
acontecimento. Motociclista apanha Land Rover Verde de matrícula Portuguesa,
implica turistas. Tentativa de caça salva por aparente jipe de matrícula
marroquina. “Não somos turistas, mas precisamos da tua ajuda. Levas-nos até ao
nosso hostel e pagamos-te.”
Até aqui tudo
bem. Carro estacionado nas fronteiras da Medina. Malas já a rolar no chão. Siga
caminho. Andamos em caminhos estreitos. Gonçalo super desconfiado: “Timota, ele
vai-nos enganar. Ele está a andar em círculos. Não vês?” “Calma. Ele leva-nos
lá”. E levou. Confiança ganha.
Ryad impecável
com Gente Impecável. Dar Kenza.
Após discussão e decisão
para adquirirmos o guia que nos ajudou. Lá lhe ligamos. Chamava-se Larbi.
Levou-nos a um
restaurante com vinho. Comida típica marroquina óptima. O Nome do restaurante
era: Palais des Merinides.
Apresentou-nos
outro senhor. O nosso guia do dia seguinte. Sr. Mohamed Karhat.
Senhor dos seus
60 anos. Pobre. Calmo. Pacífico.
Levou-nos a todo
o lado. Palácio Real. Porta Azul. Fábrica de mosaicos. Curtumes. Medina.
Fábrica de tapetes e mantas. Mesquita Principal. Vistas Panorâmicas. Se não fosse ele, era impossível
visitar o labirinto enorme da Medina Ancestral de Fès.
Duas coisas
inesquecíveis:
Primeira:
defendia-nos em tudo. Nos estacionamentos, esplanadas, etc. Os outros
marroquinos pediam-lhe mais dinheiro por sermos turistas e ele recusava-se a
dar. Chegou a haver confusão com ele e outros. Levou uma chapada. Metemo-nos no
meio e saímos dali para fora. Foi um momento de tensão. Acabou bem.
Segunda: algo que
eles (o resto da malta do grupo) ainda não estavam habituados a conviver. O
Comer desenfreado quando já se pode comer naquela hora do dia. Dentro do carro,
já à procura de lugar para estacionar e ir para o Ryad. Mohamed Karhat abre um
cake de chocolate. Dá duas enormes dentadas. A seguir abre um pacote de leite.
O som dos seus enormes goles era observado pelo olhar espantado e silencioso de
todo o grupo ainda não habituado a essa situação.
Foi de facto uns
bons dias de descanso. Memoráveis e Inesquecíveis.
“Fès é a capital
artesanal, religiosa e espiritual de Marrocos” (dizem os habitantes)
Vou lá voltar e
aconselho a irem lá.
Bom regresso pessoal. Um grande Abraço para todos.
P.S.: Obrigado Gonçalo pelas fotos.
Amo-te



























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